Patrícia Magalhães, de 23 anos, deveria participar de um congresso de Física.
Ela diz que ficou três dias presa no aeroporto de Madri e fala em preconceito.
Quando comecei a ler essa notícia no G1 me interessei muito, já que eu trabalho com Intercâmbios, tenho que ficar por dentro das rotas mais apropriadas para os meus clientes.
Meu coração foi na boca quando li "Madri", logo me veio o pensamento: "Putz, mando a galera que vai para a Irlanda toda por Madri...ferrou..."
Daí continuei lendo...
Às vésperas de completar 24 anos, na próxima quinta-feira (21), a estudante Patrícia Camargo Magalhães quer esquecer os últimos dias de sua vida. Ela conta que passou três dias presa na Espanha, foi "devolvida" ao governo brasileiro e perdeu a chance de apresentar seu trabalho em um congresso internacional de Física. Segundo ela, as autoridades espanholas não aceitaram a documentação apresentada e não acreditaram que ela é uma pesquisadora.
Até então, estava assustado..."nossa...o que será que levou a imigração a fazer isso?"
No aeroporto, ela foi parada no setor de imigração. Depois de horas de espera e de entrevistas, descobriu que ficaria detida em uma sala do terminal. Mesmo carregando um tubo com dois pôsteres científicos com a identificação dela e da universidade.
Após ler esse pedaço me acalmei, pensei "Ufa, não preciso alterar as rotas de vôos dos participantes!" afinal de contas, DESDE QUANDO 2 PÔSTERES SÃO CONSIDERADOS DOCUMENTOS?
Sei que muitos estão do lado de Patrícia, achando tudo isso um absurdo, mas para os desinformados de plantão, o erro foi da própria Patrícia.
"Nossa Johnny, que isso, como assim?"
Vou explicar:
1-Para se entrar na espanha é necessário:
2-Passaporte válido;
3-Bilhete de viagem nominal, de ida e volta;
4-Comprovantes de estadia;
5-Seguro médico internacional;
6-Comprovante de renda para se manter no país;
7-Justificativa para a viagem.
Sabendo disso, continuemos lendo:
Durante os três dias em que passou no cômodo de aproximadamente 50 metros quadrados, ficou sem tomar banho, sem escovar os dentes e sem usar desodorante. Comia no chão por falta de lugar, conta. "Eles alegaram que eu não tinha toda a documentação pedida, como a reserva do hotel. Pediram o convite do congresso, meu extrato da conta bancária, meu cartão de crédito. Queriam até contar o meu dinheiro", afirmou.
Eu concordo que a sala é pequena e tudo, mas o "comer no chão" é na realidade sentar-se no chão, segurando o prato e comendo, como todos nós já fizemos um dia quando todos os sofas da sala estão lotados e queremos jantar enquanto assistimos a Tela Quente. Vale dizer também que eles tinha acesso à um banheiro, mesmo que em condições precárias, mas sim, poderiam tomar banho, escovar os dentes e usar o desodorante, ela não fez sua higiene pessoal porque achou as condições do banheiro ruins. Veja no UOL que não estou inventando isso, utilizemos de bom senso ao ler notícias, certo?
Sobre a declaração dela, se eles alegaram que ela não tinha toda a documentação, bastava apresentar o que faltava e ela estaria liberada, mas como já vimos anteriormente, ele levou pôsteres ao invez de uma carta-convite assinada e carimbada pela direção do evento. Ela também não levou o comprovante de estadia, pediu para que as autoridades brasileiras enviassem um fax com tal comprovante.
"Queriam até contar meu dinheiro"...CLARO, qual será a parte de "Comprovante de renda para se manter no país" que ela não entendeu??
"Juntou o fato de eu ser mulher, de eu não ter a documentação do hotel. Uma vez que caí no processo imigratório, não tem volta. Se você é latino-americana, independentemente de quem seja, é vista como uma pessoa inferior", disse ela, que chegou ao Brasil dia 12.
Olha lá! "eu não ter a documentação do hotel"...
Agora, pode ter certeza que o fato de ela ser mulher não influenciou tanto quanto ela não ter documentação do hotel, se é que isso influenciou em algo.
Um dos primeiros a tentar ajudar Patrícia foi o orientador dela, o professor titular Manoel Roberto Robilotta, do Instituto de Física da USP. De Lisboa, no congresso, ele soube do caso e ali mesmo enviou um fax ao consulado brasileiro em Madri e à polícia espanhola. O hotel em que Patrícia ficaria hospedada fez o mesmo. Via fax, tentou avisar as autoridades de que se tratava de um engano. Segundo Robilotta, até o organizador do congresso mandou um e-mail para os policiais, conta ele. "Era tudo tão absurdo que achei que ela seria logo liberada", disse o professor.
O conceito que tenho sobre a USP caiu bem depois dessa reportagem, será que o professor Manoel Roberto Robilotta não sabia das leis de imigração? será que a Patrícia, estudante da tão renomada universidade não se preocupou em pesquisar um pouco sobre como entrar em um país estrangeiro? será que ela achou que era um viagem como de São Paulo ao Rio de Janeiro?
Talvez se ambos tivessem digitado "visto espanhol" no Google e tivesse um pouquinho só de paciência, não teriam passado por tamanha "Humilhação".
Robilotta reclamou do descaso por parte da representação brasileira na Espanha. "É um descaso muito grande. É um absurdo tentar contatar um consulado em caso de emergência via fax e não houve nenhum contato de volta da parte deles", afirmou Robilotta, que lamentou pela sua aluna. "Esse congresso não vai ter mais. O jovem conhece e é conhecido. É uma iniciação na comunidade internacional e a Patrícia foi proibida de ir".
O descaso foi cometido pelos próprios viajantes, que não se preocuparam nenhum pouco em saber como funciona um departamento de imigração.
Sim, é impossível entrar em contato com o consulado espanhol via fax, é para isso que existe telefone, se quer tratar assuntos com urgência, TELEFONE é o aparelho ideal, você fala na hora, diferentemente do fax que o papel chega e fica esperando alguém encontrá-lo junto à mesa.
Quem ler a reportagem do UOL, vai dizer: "Mas a Camile estava com tudo certinho" daí eu retruco: "Tá, mas ela mostrou os papéis?"
Já fica o conselho para quem vai fazer uma viagem internacional:
Você SEMPRE deve ter TODOS os DOCUMENTOS exigidos por cada um dos países que você irá passar, mesmo que seja uma simples escala. O maior exemplo disso é que para ir para o canadá passando por New York, você deve ir ao consulado americano retirar um visto.
Agora, para quem não sabe, o Brasil também exige documentação! Tem gente que acha que o Brasil é uma bagunça, mas não é, veja as exigências para se entrar no brasil:
Passaporte válido;
Formulário assinado pelo viajante;
1 Foto estilo passaporte (5x7);
Bilhete de viagem nominal, de ida e volta;
Comprovante de estadia;
Veja mais:
Vistos Brasileiros
Notícia no G1
Notícia no UOL
Fotos Retiradas do G1 e do UOL
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